Há uma assembleia marcada para a próxima semana e envolvidos devem discutir valores e responsáveis pelos custos da reforma da feira.
Quase um ano após o incêndio que atingiu 44 bancas na Feira dos Importados, os feirantes temem ter que arcar com os custos da reforma do local. Segundo representantes da categoria, a Cooperativa de Produção e Compra em Comum dos Empreendedores da Feira dos Importados (Cooperfim) teria a intenção de pedir, na próxima assembleia, doação de cerca de R$ 500 mil aos feirantes.
A próxima assembleia da Cooperativa com os trabalhadores está marcada para segunda-feira (27/3). Na pauta, há o item “absorver os custos da reconstrução/reforma das bancas atingidas pelo incêndio de 29/05/2022”. Em documento enviado aos feirantes, a Cooperfim explica que pagará, “inicialmente”, os custos da construção das bancas.
Em seguida, a cooperativa afirma que “levará a questão como matéria de pauta da próxima assembleia geral dos cooperados, a fim de se deliberar acerca da proposta de doação pela cooperativa e dos valores gastos com a reconstrução das bancas”.
“Não sendo aprovada a doação dos valores gastos com a reforma, aos cooperados, pela assembleia geral, o valor correspondente da reconstrução das bancas deverá ser pago à cooperativa pelo cooperado em 24 parcelas fixas e mensais”, completa a proposta.
Como dito pelo cooperativa, a proposta será apresentada na assembleia do dia 27.
Samuel Fernandes, feirante e representante na categoria, comenta que, mesmo com o parcelamento do valor “é impossível” que os trabalhadores fiquem responsáveis pelo reparo. Em manifesto, ele pediu que os cooperados votem contra a sugestão.
“Para todos nós é impossível pagar o valor exorbitante que nos será cobrado de cerca de R$ 500 mil. Mediante todos os fatos apresentados, nós gostaríamos de pedir encarecidamente aos associados da Cooperfim que votem ao não repasse do valor da restauração aos feirantes atingidos, e sim que os custos da restauração das bancas atingidas sejam custeados totalmente pela Cooperfim.”
Em nota, a Cooperfim afirmou que os feirantes não serão obrigados a pagar pelos reparos nos locais atingidos pelo incêndio e reforçou que a questão será discutida na assembleia.