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Sarampo: especialistas alertam para importância da imunização

Secretaria de Saúde espera vacinar mais de 95% do público-alvo. Campanha vai até 3 de junho.

O Distrito Federal tem, segundo a Secretaria de Saúde, 182 mil crianças com idade entre 6 meses e 5 anos, público alvo da campanha de vacinação contra o sarampo. A pasta pretende vacinar 95% delas.

Segundo a secretaria, por causa da invasão no sistema do Ministério da Saúde, em dezembro de 2021, os dados completos de vacinação “ainda estão sendo processados”, portanto, não há um número de crianças imunizadas no Distrito Federal. No sábado (30), a pasta realizou o dia “D” da vacinação, mas a campanha continua até 3 de junho.

O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, grave, transmissível, altamente contagiosa e comum na infância. A melhor forma de prevenção é a vacina, principalmente porque os riscos são maiores nas crianças, podendo levar a óbito.

A infectologista Maria Isabel de Moraes Pinto explica que a baixa procura da vacina tem sido observada desde 2016. Uma das respostas para isso, segundo ela, é a segurança que muitas pessoas tiveram após a erradicação de algumas doenças, entre elas, o sarampo.

“As pessoas começam a achar que não precisam mais se imunizar. A medida que a gente abaixa a cobertura vacinal, que precisa ser acima de 95%, a gente começa a ter a possibilidade de circulação desse vírus”, aponta a infectologista.A médica lembra que os riscos são ainda maiores pela movimentação de pessoas ao redor do mundo. “Quando a gente menos espera, pode ter uma pessoa chegando de avião, ou outro meio de transporte, encubando uma doença que pode ser transmitida para outras. Se houver uma pessoa suscetível àquela doença, a gente reproduz a doença e tem uma série de casos graves”, explica.

Sintomas do sarampo

De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sintomas do sarampo são:

  • Febre acompanhada de tosse;
  • Irritação nos olhos;
  • Nariz escorrendo ou entupido;
  • Mal-estar intenso

Em torno de 3 a 5 dias, podem aparecer outros sinais e sintomas, como manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas que, em seguida, se espalham pelo corpo. Após o aparecimento das manchas, a persistência da febre é um sinal de alerta e pode indicar gravidade, principalmente em crianças menores de 5 anos de idade.

Porém, é preciso ficar atento aos casos mais graves da doença, que podem levar a uma úlcera ou perfuração da córnea. Segundo o especialista, há estudos que mostram que de 0,5% a 1% dos casos graves pode levar a cegueira.

Recomendações

Todas as crianças acima de seis meses até 11 meses e 29 dias devem receber uma dose da tríplice viral, que previne contra rubéola, sarampo e caxumba. A dose, chamada de dose zero, não é considerada válida para o esquema vacinal de rotina. Isso quer dizer que a criança deve receber novamente a vacina aos 12 e 15 meses, observando o intervalo mínimo de 30 dias para revacinação.

Para as demais faixas etárias, a recomendação permanece a mesma. São necessárias duas doses para quem tem até 29 anos de idade. Acima desta idade, é necessária apenas uma dose.

Quem não tiver se vacinado ou não tem o registro no cartão de vacina, deve procurar uma unidade de saúde para ser imunizado, alerta a Secretaria de Saúde.