Site icon

Subtenente do Bombeiro guardava vídeos de crianças em cenas de sexo

O telefone celular era usado pelo militar para guardar vídeos e fotografias de crianças e jovens sendo abusados. PCDF apura o caso.

O celular apreendido por policiais civis da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) durante a prisão do subtenente do Corpo de Bombeiros (CBMDF) será encaminhado para o Instituto de Criminalística (IC), onde será periciado. O aparelho era usado pelo militar para armazenar vídeos e fotografias de crianças e adolescentes fazendo sexo. Ele foi detido em flagrante no sábado (22/2), quando estava com um adolescente de 13 no carro se preparando para ir a um motel.

Os investigadores procuram por outras vítimas, crianças e jovens que podem ter sido aliciadas pelo acusado. Além de integrar os quadros da corporação, o subtenente dava aulas de natação em uma escola privada, no Gama. No aparelho dele imagens, inclusive, de crianças menores de 10 anos em poses sexuais e pelo menos um vídeo do adolescente que estava em sua companhia. Os investigadores já monitoravam o garoto após a mãe dele ter descoberto mensagens com conteúdo sexual trocadas por meio de aplicativo entre o menino e o militar.

Em seu depoimento na delegacia, o suspeito afirmou que conheceu o menino através de um site de relacionamento e que ele se apresentava como um rapaz de 18 anos. No entanto, já pessoalmente, o garoto disse que tinha 14 anos, e não 13, como de fato tem. Com isso, o estupro de vulnerável fica configurado.

Expulsão

O subtenente foi levado para a ala de militares presos que fica no 19º Batalhão da Polícia Militar (BPM), mais conhecido como Papudinha, localizada no Complexo Penitenciário da Papuda. Já atrás das grades, o militar precisou de atendimento médico, pois teria tentado dar cabo da própria vida.

A Corregedoria do Corpo de Bombeiros se posicionou na tarde dessa segunda-feira (22/2).

O comando da corporação determinou instauração de procedimento administrativo disciplinar. “Em se confirmando as informações preliminares em sede de devido processo legal, punir o militar com o rigor que a caserna demanda, podendo, inclusive, ensejar a exclusão das fileiras da corporação”, afirmou o CBMDF, por meio de nota.

A reportagem não irá divulgar o nome do acusado para, assim, preservar a identidade da vítima, conforme estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).