Mulher ficou internada, mas não resistiu à brutalidade dos golpes sofridos no rosto. O acusado é o companheiro da vítima.
Um homem foi preso, em flagrante, nesta segunda-feira (21/12), após matar, a socos, a companheira. Luciane Simão Silva, 42 anos, não resistiu ao espancamento e morreu no hospital. As agressões ocorreram na última quarta-feira (16/12), na Fercal, região de Sobradinho.
A vítima morreu três dias depois, em decorrência da brutalidade dos golpes sofridos no rosto. O acusado, identificado como Rondinele Pereira da Silva, 34, está preso na 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho), onde o caso é investigado. O enterro de Luciane está previsto para hoje, no Cemitério de Sobradinho, mas a família pediu privacidade durante o sepultamento.
De acordo com as investigações, Luciene foi espancada na rua, próximo de casa. O casal estava junto há oito anos, segundo informações prestadas por familiares aos investigadores da PCDF. Na quinta-feira (17/12), os parentes de Luciene a levaram para o hospital Prontonorte, para receber atendimento médico.
Luciene foi liberada no sábado (19/12), mas o irmão percebeu que o rosto apresentava um inchaço além do comum e retornou com ela para a unidade médica. Novamente, a mulher foi internada, mas não resistiu. A família da vítima procurou a Polícia Civil para registrar o caso. O autor foi preso pelos policiais da 13ª DP quando passeava por um shopping da cidade.
Segundo as apurações, Luciene havia registrado uma ocorrência de Maria da Penha contra o companheiro, em 2017, após sofrer agressões de Rondinele. No entanto, as medidas protetivas venceram meses depois, e o casal voltou a se relacionar. A delegada adjunta Ágata Braga afirmou que o autor, mesmo após espancar a companheira, enviava mensagens. “Ela passou os últimos quatro dias de vida sendo perseguida pelo autor, sempre por meio de telefonemas e mensagens via aplicativo”, disse.
O delegado-chefe da unidade, Hudson Maldonado, afirmou que Rondinele responderá pelo crime de feminicídio. “Foi um espancamento cruel e brutal. A vítima vivia sob a influência do medo e não teve qualquer chance de defesa”, ressaltou.