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Bolsonaro diz que cheques de Queiroz eram para ele, não para Michelle

O presidente Jair Bolsonaro, participa da solenidade de assinatura da medida provisória da liberdade econômica.

“Se você dividir R$ 89 mil por 10 anos dá R$ 750 por mês. Isso é propina? Pelo amor de Deus”, afirmou o presidente.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (15/12) que os R$ 89 mil que Fabrício Queiroz depositou na conta da primeira-dama Michelle não eram para ela, mas para ele. A declaração foi dada quatro meses depois de os depósitos terem sido revelados.

“Como falei desde o começo, aqueles cheques em torno de 10 anos foram para mim, não foram para ela. Divide aí R$ 89 mil por 10 anos, dá em torno de R$ 750 por mês. Isso é propina? Pelo amor de Deus. O Queiroz também pagava contas minhas. Era de confiança”, disse em entrevista ao Datena.

Para Bolsonaro, Queiroz está sendo “injustiçado”. “Ele está sendo investigado e tem que dar a devida pena se for culpado, e não prender esposa. Quebrar o sigilo de mais de 90 pessoas, não tem cabimento isso”, disse.

Bolsonaro tocou no assunto sem ter sido questionado diretamente. Ele estava reclamando da cobertura da imprensa sobre o caso das “rachadinhas”, que envolve o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

“A pressão em cima do meu filho é para me atingir. E não é só em cima do meu filho, é em cima da esposa, de ex-mulher, outros filhos, amigos”, disse.

Na última vez que foi questionado sobre esse assunto, em agosto deste ano, o presidente afirmou que a vontade dele era encher a boca do repórter “na porrada”.

De acordo com reportagem da revista Crusoé, a quebra de sigilo bancário de Fabrício Queiroz mostra que foram depositados 21 cheques na conta de Michelle, entre 2011 e 2016, totalizando R$ 72 mil.

O jornal Folha de São Paulo e o portal G1 tinham revelado meses antes que a abertura das informações bancárias da mulher de Queiroz, Marcia Aguiar, revelou outros seis cheques para a primeira-dama, depositados entre janeiro e junho de 2011, somando R$ 17 mil.