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Eduardo Bolsonaro denuncia suposta corrupção no governo do pai

Deputado federal compartilhou matéria sobre supostos superfaturamentos em contratos durante a gestão de Mandetta no Ministério da Saúde.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) utilizou o Twitter para compartilhar uma reportagem que denuncia suposta corrupção no governo do pai, Jair Bolsonaro (sem partido). “CGU descobre contratos superfaturados da gestão [Henrique] Mandetta no Ministério da Saúde”, escreveu na rede social.

A reportagem compartilhada pelo parlamentar diz respeito a supostos contratos superfaturados referentes a 2019. Na época, Henrique Mandetta era o titular da pasta.

Contudo, na própria postagem Eduardo foi questionado por internautas. “Uma dúvida que talvez você possa me responder: quem era o chefe imediato do Mandetta?”, questionou um. “CGU descobre contratos superfaturados no Ministério da Saúde de Jair Bolsonaro. Assim fica mais claro”, apontou outro.

E ainda: Se ele fazia parte da gestão do governo do Jair a culpa tecnicamente também foi do governo. É usar o Mandetta como bode expiatório e pôr uma cortina de fumaça na gestão desse presidente fraco que é teu pai.” Eduardo não comentou as indagações ou elogios feitos na postagem.

Demissão de Mandetta

Vale destacar, diversos apoiadores do presidente e do deputado afirmaram que Mandetta foi afastado do cargo, fazendo relação a este caso. Porém, o ex-ministro foi demitido em 16 de abril, porque, segundo Bolsonaro, defendeu só o interesse médico em meio à pandemia do novo coronavírus e “não entendeu a questão do emprego”.

“Quando se fala em saúde, fala-se em vida. A gente não pode deixar de falar em emprego: uma pessoa desempregada estará mais propensa a sofrer problemas de saúde do que uma outra empregada. E, desde o começo da pandemia, eu me dirigi a todos os ministros e falei da vida e do emprego. É como um paciente que tem duas doenças. A gente não pode abandonar uma e tratar exclusivamente outra, porque, no final da linha, esse paciente pode perder a vida. Ao longo desse tempo é direito do ainda ministro defender o seu ponto de vista como médico e a questão de entender também a questão do emprego. Não foi da forma que eu achava, como chefe do Executivo, que deveria ser tratada. Não condeno, não recrimino e não critico o ministro Mandetta. Ele fez aquilo que, como médico, ele achava que devia fazer”, disse Bolsonaro, à época.

Caso

Segundo a Veja, a Controladoria Geral da União (CGU) verificou, em contratos de 2019 da secretaria Especial de Saúde Indígena (vinculada ao Ministério da Saúde) um quadro generalizado de compras sem estudos técnicos técnicos e algum tipo de direcionamento de licitação. De acordo com a revista, quatro editais apresentaram 69% de faturamento.

Segundo a CGU, “as situações apontadas podem caracterizar direcionamentos e favorecimentos a algum participante, acarretando prejuízo à lisura do procedimento licitatório”.